Durante muito tempo as florestas habitaram os arredores das águas. Quase tudo era floresta. Hoje a maioria das florestas habitam os arredores das cidades e áreas isoladas, em continentes extremos. Vistas à distância, as florstas exalam duas versões contraditórias: fascínio e medo.
Altas árvores, adjuntos caules, espessas e rijas, cipozal exposto em recantos secretos. Onde domésticos não entram com facilidade. Enraizado na urbe, o horizonte que se abre é denso. Entrar de costas na floresta, respeitar suas lendas e admirar seus espíritos. Que saem à noite e deixam rastros.
Os desertos representam a transpiração seca do Globo e o cerrado garante as variantes do campo. O cerrado é a varanda em andamento: lenços de despedida. Árvores pequenas e a fauna visualizada no vegetalismo tacanho.
O céu espera penetrar na floresta, o azimute também. Sendo secretos e distantes, os espíritos da floresta tornam-se casualmente insignificantes. Tendo os corações transparentes, vez por outra abrem as portas da percepção para que anjos seringueiros possam peregrinar no anteplanos distribuindo corações de látex.
Osmir Camilo, Editor
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