É uma terra onde as palavras imensas ganham dimensões extraordinárias. É uma terra de pouca terra. É uma terra de muitas árvores. De todas as formas e tamanhos. Juntas, deitadas e verticais. Árvores nas casas, nas pontes, nos flutuantes, nos objetos, nos barcos. Pulmão do mundo e reserva de dados: computação vegetal.
PEIXES, ALIMENTAÇÃO E FRUTOS.
Populações ribeirinhas, cidades ilhadas, frutos nativos, pequenos roçados, peixes, peixes. Era de Peixes.
Alimento milenar. Técnicas de caça, dança do peixe, caça de frutos, alimentação diversa, manejo, chás caseiros, chás florestais, farmácia natural: chão. Na mesa, na pescaria, no trabalho e no lazer. Peixes de todos os gostos. Peixe pra dar e vender. Frutos de todos os sabores: acres e melosos, pequenos, enormes. Frutos, muitos frutos!
AVES - Aves cantam sem gaiola. Cercam a cidade de assovios. Não há quase aves urbanas. Creiam, aqui as aves são aéreas. Diversas, um monte de asas, milhares de bicos. Algumas menos tímidas viram cores de representação do Brasil Floresta. A maioria são secretas. Nem todos vão lá. No coração da floresta elas sim: voam em todas as direções. Galináceos? Também.
GENTE - O sol queima a pele que já era mestiça, morena agrupada, multiplicada em estilo naturalista. Beira de lago, beira de rio. Atenção e força.
Arrastão de motos. Motos, muitas motos, motoqueiros nas pequenas metrópoles. Motoqueiros flutuantes e lisos cabelos. Alguns crioulos, alguns alourados. Mas a grande maioria empresta seu estilo ao epicentro da morfologia amazônica.
ÁGUAS - As águas... Estas sim são as marcas da Amazônia. Turvas e paradas, torrentes de chuvas dentro do calor, roupas encalouradas, roupas encharcadas. Mãe dos peixes, bebida sagrada, água insana e morada dos quelônios, répteis e anfíbios. Avassaladora, destruidora de pontes. Apaziguadora, abençoada que nos traz alimentos. Águas são lágrimas que derramamos, nem sempre de angústia. Embora mais escassas, as lágrimas são também de felicidade.
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